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Demanda de profissionais de TI salta de 420 mil para 800 mil em cinco anos

A expectativa de demanda por profissionais em tecnologia duplicou em dois anos. Como mostra levantamento feito pela Brasscom e que será apresentado na íntegra no Brasscom Tec Fórum, que acontece nos dias 23 e 24 de março...

A expectativa de demanda por profissionais em tecnologia duplicou em dois anos. Como mostra levantamento feito pela Brasscom e que será apresentado na íntegra no Brasscom Tec Fórum, que acontece nos dias 23 e 24 de março, 100% online, passou de 420 mil para 800 mil a necessidade nos próximos anos. E para atender esse crescimento é preciso novas estratégicas.

"Em 2019, fizemos uma primeira projeção de demanda de 420 mil profissionais em um período de cinco anos. E a formação em tecnologia é insuficiente para garantir os novos profissionais. Com a aceleração das contratações ao longo do ano passado, fizemos uma nova projeção. E a nova projeção de demanda é de 800 mil profissionais nos próximos cinco anos. Isso é um desafio tremendo", destaca o presidente executivo da Brasscom, Sergio Paulo Gallindo, em entrevista à CDTV.

"A gente se pergunta como o país não colapsou? Algumas hipóteses são de que o mercado se autorregulou, com o surgimento de várias bolsas, ofertas de capacitação de ‘edutechs’ e mesmo de grandes instituições de ensino. A gente vêm tentando entusiasmar os jovens a entrarem em tecnologia. E aparentemente isso está dando certo. Estamos vendo mais jovens, principalmente jovens negros, meninas negras, entrando em capacitações. É a inclusão dos jovens com perspectiva de crescimento. Mas isso é só o começo."

A Brasscom faz sugestões de currículos que atendem a demanda imediata das empresas de tecnologia no país, em combinação da necessidade de ensino com empregabilidade. "Se a gente agrega disciplinas ‘TCEM’ – tecnologia, ciência, engenharia e matemática – em um bloco só, a massa crítica de alunos do ensino superior, se tiverem exposição, mais as disciplinas de tecnologia, podem entrar no setor em seis meses ou um ano. E vão fazer uma faculdade, que pode ser engenharia mecânica, ciências, matemática. Essa é uma sugestão para as instituições de ensino, que convertam essas cadeiras eletivas para dar possibilidade de ensino em tecnologia", diz Gallindo.

No Brasscom Tec Fórum, a Brasscom vai publicar uma sugestão de currículo para ensino superior na área de Tecnologia da Informação. "Distribuímos as áreas de cognição em tecnologia da informação, tecnologia da informação, que é a parte de IP e telecom. E agora lançamos quatro grades curriculares para ensino de tecnologia da informação, para que as instituições de ensino olhem para aquilo que o setor de fato está demandando em termos de capacidade."

Como resume o presidente da Brasscom, "a tese é de formar para o primeiro emprego na empresa de tecnologia. A capacitação vai suprir uma base e as grades curriculares buscam melhorar a formação de ensino superior. E vamos discutir o que mais podemos fazer para ter ensino de ponta a ponta com tecnologia e empregabilidade, o mais rápido possível". Assistam a entrevista com o presidente-executivo da Brasscom, Sergio Paulo Gallindo.