Notícias

Bem vindo ao site de contabilidade da MAF Assessoria Contábil

Área do Cliente

Área do administrador

Novas regras do Simples podem beneficiar 270 mil empresas em Santa Catarina

Uma reunião no Palácio do Planalto na tarde de ontem selou a aprovação das novas regras de tributação do Simples Nacional, previstas no PLC 25/2007, que seguem para sanção presidencial amanhã, em Brasília.

Uma reunião no Palácio do Planalto na tarde de ontem selou a aprovação das novas regras de tributação do Simples Nacional, previstas no PLC 25/2007, que seguem para sanção presidencial amanhã, em Brasília. Entre as novas medidas, está a inclusão de cervejarias artesanais, vinícolas, cachaçarias e fabricantes de licores entre os setores que se enquadram no regime tributário, além da ampliação da faixa de faturamento de R$ 3,6 milhões anuais para R$ 4,8 milhões. A expectativa é que em Santa Catarina, as novas regras beneficiem até 270 mil empresas, segundo estimativa do Sebrae-SC.

— O projeto vai favorecer as pequenas e médias empresas catarinenses, especialmente no setor de bebidas, que é um segmento em que o Estado tem grande destaque nacional — afirmou o deputado federal Jorginho Mello (PR-SC), presidente da Frente Parlamentar da Micro e Pequena Empresa, que conduziu as conversas.

Em Santa Catarina, a expectativa da Secretaria Estadual da Fazenda é que as novas regras tributárias não impactem de forma significativa a receita:

— É uma tabela mais justa. Pelos nossos cálculos, o Estado terá um impacto negativo de 0,87% na arrecadação anual, o que é um cenário de quase estabilidade — diz Luiz Carlos Feitoza, coordenador do Grupo Especialista do Simples Nacional (Gessimples/SEF).

Marcello Seemann, presidente do Conselho Regional de Contabilidade (CRC-SC), destaca que as novas medidas aliviam as empresas também pelo parcelamento das dívidas tributárias:

— As empresas vão poder parcelar os impostos em até 120 meses a partir do ano que vem, o que garante novo fôlego.

O presidente da Associação das Microcervejarias Artesanais de Santa Catarina (Acasc), Carlo Lapolli, acompanha em Brasília a movimentação em relação a lei.

— As marcas artesanais empregam mais por litro, são mais preocupadas com a qualidade do produto e fabricam em menor escala. Mesmo assim, pagam a mesma tributação de conglomerados como Ambev e Brasil Kirin — defende Lapolli.

Hoje, a incidência de impostos sobre o faturamento chega próximo a 60% e, com a nova lei, essa alíquota fica próxima de 32%. Só em Santa Catarina, são produzidos por mês mais de 1 milhão de litros da bebida. São cerca de 50 fabricantes que devem investir, só este ano, mais de R$ 22 milhões.

Para Alexandre Mello, sócio-proprietário e cervejeiro Itajahy, além da redução dos impostos, as mudanças favorecem a contratação de mão de obra:

— Eu teria espaço para contratar mais dois funcionários, mas hoje o custo inviabilizaria a operação. A carga tributária é um limitador para o crescimento.

Guilherme Grando, presidente da Vinhos de Altitude Produtores e Associados, também viaja à capital federal para acompanhar a aprovação da legislação. De acordo com ele, a nova regra vai permitir que 100% das vinícolas em Santa Catarina se enquadrem na categoria do Simples.

— Em Santa Catarina, a carga deve passar de 60% para 11% — afirma.

O setor tem 20 marcas de vinhos de altitude no Estado, 2 mil empregos diretos e indiretos e cerca de 30 produtores de uva.