Notícias

Bem vindo ao site de contabilidade da MAF Assessoria Contábil

Área do Cliente

Área do administrador

Empresários dividem opiniões sobre aprovação da prorrogação de alíquotas do ICMS

Projeto de Lei 246/2020 foi aprovado com emenda em sessão extraordinária da Assembleia Legislativa

Aprovado com emenda, o Projeto de Lei (PL) 246/2020 dividiu opiniões entre empresários do comércio e dos serviços. Enviado pelo governo do Estado à Assembleia Legislativa sob o argumento de implementar um conjunto de alterações estruturais para melhorar a tributação do Rio Grande do Sul, o texto mantém a majoração de alíquotas do ICMS em 2021. Após negociações e mudanças propostas encaminhadas nesta terça-feira (22), a proposta foi aceita por 28 deputados (frente a 25 contrários).

"São mais de R$ 2 bilhões arrecadados todo o ano para tapar furos, que não são sanados ou consertados", dispara o presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas (FCDL-RS), Vitor Augusto Koch. Defendendo que "a solução (das dívidas) do Estado passa por uma ampla reforma administrativa e consequentemente da carta magna", o dirigente avalia que, ao invés de prorrogar o percentual, manter as alíquotas nas bases anteriores significaria "deixar mais dinheiro circulando no mercado, gerando mais vendas, mais empregos, e mais impostos" para os cofres públicos.

Com as emendas apresentadas pela liderança do governo retiradas e a de número 5 apresentada pelo deputado Luiz Fernando Mainardi, a proposta aprovada sofreu modificações. Pela versão final, a alíquota geral passa de 18% para 17,5% no próximo ano. Em 2022, volta a 17%. Já o tributo de 30% sobre energia, combustíveis e telecomunicações permanece em 2021 e volta a 25% em 2022. "A decisão retira a competitividade do que é produzido, e teremos mais um ano em que os gaúchos vão ter que pagar ICMS alto", lamenta Koch. "Sem dinheiro não existem direitos que sejam respeitados. Em gestão, não há jeitinhos, a metodologia precisa ser executada."

Já a presidente da Federasul, Simone Leite, destaca que "após amplo debate (da entidade) com os parlamentares, houve "coerência" na votação. "Temos firme crença de que a sociedade gaúcha sai vitoriosa, senão plenamente, pelo menos em sua maioria, por não ver seu IPVA aumentado, seu ITCD majorado, nem seu ICMS aumentado indefinidamente, mantendo a isenção para milhares de pequenas empresas do Simples".

A aprovação do fim do Diferencial de Fronteira (Difal) e a isenção do Simples estadual para empresas que faturam até R$ 360 mil ao ano também são vistas como positivas pelo presidente da Fecomércio-RS, Luiz Carlos Bohn. "É o que fica de bom. É claro que a gente não queria o aumento de 30%, mas para o ano que vem estamos nos preparando para não aprovarem mais nada", comenta. "Sabemos que o Estado não investe e acaba gastando tudo em despesas. Dinheiro na mão do contribuinte é a melhor maneira de fazer a economia crescer", argumenta Bohn, ao frisar que "não há mais espaço para falar de aumento de tributos".